Sobre a cidade
Maroochydore é considerado um dos paraísos do surf na Australia e dá para perceber porque, o estilo de vida aqui parece ser dirigido para a praia, todo mundo de calções nesta altura do ano (Dezembro), muitos turistas, incluindo dois gatos pingados de Angola, que ninguém sequer ouviu falar (mas fingem muito bem, alguns ainda acertam o continente). Muitos “grossos” de t-shirts apertados, acompanhados de loiras mal bronzeadas, muitos surfistas de prancha debaixo do braço, muito gelado a venda e muito muito sol e praia. Demos conta há dias que as placas de sinalização das praias, são feitas em forma de pranchas de surf, detalhe engraçado.
Aqui, nesta cidade pelo menos, o respeito pelo bem comum começa a ser ensinado cedo, vimos um episódio de uma criança a pisar numa pequena arvore que foi plantada em homenagem a alguém (no parque do mercado de Eumundi, recomendamos…) e a mãe logo a seguir veio ralhar e leu a placa que estava ao lado para a canuca, explicando o significado daquilo…coisas deste género, vimos bastante.
Realmente, para quem vem de Luanda, a primeira coisa que se dá conta são a falta de lixo, os parques públicos (com grelhadores a gás, de graça e limpos), o verde em todo sitio e o silencio depois de uma certa hora. Se viajar faz bem, viajar e pensar em como podemos contribuir para que a nossa mentalidade em casa mude, faz ainda melhor.
Demos um pulo a Noosaville, onde claramente o turismo é virado para a classe media altíssima, grandes cubicos a volta do rio, muita praia, bué de familias, asiáticos, como sempre e para quem conhece a serie Game of Thrones, muitos “Jamies” e “Cerseis”.
Ah e outra coisa que notamos, cada terceira loja é uma casa de massagem tailandesa…
Em Noosa fomos visitar o Noosa National Park, que deve ser um dos maiores aqui na região. Perdemo-nos, andamos 9km a procura da saída e fomos parar numa praia de nudistas (a linda Alexandra Bay)…infelizmente os únicos nudistas eram kotas de 70 anos…o que nos motivou a continuar a procura da saida (o Google maps ganhou dois novos fãs).
O Resort
Depois de nos perdemos com o nosso Taxi (NB: dizer que fica atrás do Waterfront Hotel) lá fomos recebido pela Karen, a recepcionista super simpática que nos explicou como tudo funciona, forneceu-nos um mapa da cidade e mostrou-nos o que havia de interessante para conhecer.
O nosso quarto, o B6, era no fundo um apartamento do género aparthotel, com quarto, cozinha, um quarto de banho e uma mini sala. Uma das primeiras coisas que o Resort avisa, mesmo no site deles, é que não fornecem nem lençóis e nem toalhas. Bom, fornecem, mas o cliente tem que pagar extra pelo aluguer. Portanto, é importante trazer estas coisas. Eles têm uma pequena loja na recepção que vende o essencial, como papel higiénico, pasta de dentes, snacks, bebidas etc…
Não servem refeições dentro do resort, outra particularidade. E o restaurante mais perto fica pelo menos a 10 minutos a pê. Mas tendo cozinha disponível, o melhor mesmo é fazer compras no shopping da cidade (Sunshine Plaza) e cozinhar em casa, poupa-se bastante desta maneira. Também tem áreas com grelhadores a gás, caso quiserem fazer um churrasco.
O resort tem igualmente uma lavandaria daquelas com moedas, um jardim com couve, tomate e outros legumes, que podem ser colhidos pelos clientes gratuitamente. E claro, sendo virado para ecoturismo e estando mesmo em frente ao rio Maroochy, há barquinhos, kayaks e coisas do género disponíveis para todos. Assim como uma área segura para crianças brincarem no rio. Se não confiarem no rio, sempre tem uma pequena piscina disponível.
Tem internet com moedas na recepção e supostamente tem Wifi, mas não abrange o campus todo e tentamos uma vez apanhar na lavandaria perto da recepção, mas o sinal estava tão fraco que não conseguimos conectar.
A reter
- Gostamos muito do resort, muito silencio a noite, pouca circulação de pessoas, apesar de estar cheio.
- O rio Maroochy mesmo em frente é lindo.
- Perfeito para famílias e casais.
- As cabanas são isoladas umas das outras (e portanto menos barulho… a noite….) e o campus é muito bem cuidado.
- As praias da cidade e de Noosa são muito bonitas e perfeitas para surf.
A melhorar
Os únicos pontos que podiam ter ajudado a ser uma estadia perfeita:
- A internet Wifi não abrange o campus todo (algo que não mencionaram nem no site, nem na recepção),
- A distancia até a paragem de autocarro (uns 6 minutos) pode ser chata debaixo do sol e o autocarro só passa de uma em uma hora. Portanto o melhor mesmo é alugar um carro. Recomendamos a 1/2 price rentals (http://www.car-rent.com.au/) que foram os únicos que aceitaram a minha carta de condução angolana sem reclamar (para além de serem os mais baratos da cidade).
