Pululukwa Resort

Aterramos na cidade do Lubango numa tarde amena e fresca, depois de um curto voo de pouco mais de uma hora saído de Luanda. Subimos no minivan disponibilizado pelo hotel e durante os próximos 20 minutos fizemos o percurso do aeroporto até ao bairro da Mapunda, área que detém uma majestosa vista para a cidade e, ao fundo, a estátua de Cristo Rei, eterno guardião de Lubango. A nossa frente, o sinaleiro imponente do resort anunciava a chegada ao destino: Pululukwa Resort. Chegamos.

O Hotel

Não se precisa de muito tempo para se chegar a conclusão que o Pululukwa é o melhor resort do seu género em Angola. Incrivelmente extenso e de uma beleza singular, este aldeamento turístico cobre uma área de 100 hectares, reaproveitando assim o que era antigamente uma fazenda agrícola. A beleza, o verde, o ar puro, o som da água dos fontanários nos lagos e o canto dos pássaros, tudo isto faz-nos sentir a anos luz do frenesim de Luanda e da movimentação do Lubango, impondo em nós uma calma e um sossego delicioso. Pululukwa significa ‘descanso’ em Umbundo. Rapidamente percebemos o porquê do resort ser batizado com este nome.

Ao sairmos do carro e atravessarmos uma pequena ponte de madeira sobre um dos sete lagos do Pululukwa, somos recebidos pela carismática e simpática gerente do lodge no edifício da recepção, um edifício com paredes de pedra, chão de madeira, belos candeeiros suspensos do tecto alto de capim e largas janelas onde era possível apreciar toda beleza circundante. Apesar do check-in ser algo demorado, desatamos a tirar fotos da decoração interior do edifício, uma constante ao longo de todo o resort.

Os seres humanos não são os únicos habitantes do Pululukwa: o resort é também habitado por uma variedade da animais, incluindo zebras, antílopes, uma grande variedade de aves, e até jacarés num dos lagos (devidamente assinalado e com protecção, claro).

O Pululukwa está dividido em três “aldeias” distintas, cada uma com vários bungalows de diversos tamanhos; são elas a Aldeia Madeirense, contendo 8 habitações familiares com arquitectura típica desta ilha portuguesa, o Kimbo Muholo, onde os 21 bungalows seguem os traços arquitectónicos das habitações dos povos huílanos Nhaneca Humbi, e a maior delas, a Aldeia Zulu, com 31 bungalows do estilo sul-africano. A nossa equipa ficou hospedada no Kimbo Muholo.

Subimos nos carrinhos de golf (são a maneira mais rápida e eficiente para os hóspedes se movimentarem dentro do resort) e fomos aos bungalows.

Os Bungalows 

É evidente o requinte, a elegância e o conforto dos quartos do Pululukwa. O bungalow do Kimbo Muholo é dominado por uma cama espaçosa coberta por um cortinado; no compartimento por trás da cabeceira da cama, separado da mesma apenas por uma parede, está o quarto de banho com o seu rainshower e o guarda-roupas. O quarto é climatizado, a única porta é a da entrada, e na televisão flat-screen podemos ver uma série de canais por satélite. O bungalow é circular e lá fora temos um pequeno “pátio” com duas cadeiras e uma mesa. As paredes do quarto são pintadas em tons de beige e predomina o castanho claro da madeira.

Higíene

O Pululukwa apresentou excelentes níveis de higiene a arrumação. Tanto os quartos como as áreas comuns estavam sempre limpas. Não temos qualquer queixa nesta vertente.

Atendimento

O nível de atendimento do Pululukwa é um dos seus pontos fortes. É verdade que o check-in foi lento, mas notamos que o serviço de quarto, o atendimento no restaurante, e o atendimento nas áreas de lazer, incluindo o bar, foi mais do que adequado. Notamos também que sempre que solicitávamos um carrinho de golf para deslocarmo-nos a outro ponto do resort, os mesmos vinham rapidamente.

Comida e Bebida

Restaurante dos Lagos é o nome do restaurante do Resort. Os lubanguenses com que falamos disseram ser o melhor da cidade. O mesmo fica localizado num longo edifício de pedra ao lado da recepção. Devido a época do ano em que visitamos o Pululukwa (quadra festiva) o habitual e muito bem referenciado serviço à la carte do restaurante estava indisponível. Tivemos, por isso, de nos contentar com o buffet, que durante a nossa estadia sempre teve recheado de comida de qualidade, apetitosa e variada. Tanto para os pequeno-almoços como para os jantares, as ofertas do buffet foram para além do considerado normal nos buffets hoteleiros de Angola.

O Pululukwa dispõe também de um wine-bar, que infelizmente ainda não está totalmente funcional mas que apresenta um óptimo aspecto, e um bar central no mesmo edifício que o restaurante. Não faz dos melhores gin tónicos, mas a caipirinha de laranja apreciada na longa esplanada do Pululukwa, com vista para a cidade do Lubango, é um dos prazeres da vida.

Relação Preço-Qualidade

A diária no Pululukwa Resort para um casal é de 22.000 AKZ com direito a pequeno almoço. Este preço não inclui o transporte do aeroporto, que custa 5.000 AKZ por pessoa. Tendo em conta os preços practicados nos resorts e hotéis angolanos, consideramos o preços do Pululukwa perfeitamente justos pela qualidade da oferta, mas ligeiramente caros quando comparados com outros resorts do continente africano de qualidade similar.

A Reter

  • Excelente design, arquitectura e decoração;
  • Belas paisagens, muito boa manutenção da natureza;
  • Conforto, requinte e modernidade nos quartos.

A Melhorar

  • O tempo que se demora para fazer o check-in;
  • Achámos excessivo 5.000 que se paga pelo transporte do aeroporto.

Comodidades:

  • Restaurante
  • Bar
  • Bar de Vinhos (brevemente)
  • Spa (brevemente)
  • Visita à pontos turísticos no Lubango (Cristo Rei, Tundavala, Serra da Leba)

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